Por Cristiane Pagliuchi e Prof. Fernando Amaral Eng. Cosmética, Aromaterapeuta, especializada em osmologia, psicoaromaterapia e linguagem do corpo.
Difusão aérea é a forma mais tradicional da aromaterapia, em que os óleos essenciais são difundidos no ambiente por meio de difusores de aroma.
Difusores são peças capazes de propagar os óleos essenciais no ambiente sem alterar sua propriedade natural, elaborados de maneira a se integrarem à decoração do ambiente.
Existem difusores de diversos materiais, como vidro, metal, madeira e cerâmica, sendo os cerâmicos os mais adequados à aplicação de óleos essenciais.
A lógica por trás da escolha entre os diversos modelos e métodos de difusão aérea disponíveis reside na forma como se podem atingir o olfato e as vias respiratórias sem alterar as propriedades dos óleos essenciais. Em técnicas de difusão aérea, aplicam-se poucas gotas de óleo essencial, em média, não mais que 10 gotas entre todos os óleos essenciais envolvidos na aplicação, e o tempo de exposição ao aroma, em situações terapêuticas, vai de, no mínimo, 20 minutos a, no máximo, três horas. Quando se tratar de aromatização de ambientes comerciais, pode-se aplicar de forma contínua, devendo-se, porém, preservar a qualidade do resultado positivo, isto é, se o aroma estiver provocando mal-estar nas pessoas, é sinal de que a técnica e a dosagem de aplicação podem estar erradas.
Quanto mais perto do chão os difusores estiverem posicionados, maior o aproveitamento da difusão aérea, pois o fluxo da circulação do óleo essencial no ambiente e ascendente — os óleos essenciais são voláteis, evaporando ou volatilizando a temperatura ambiente, e a tendência natural deles ao volatilizar e subir. Quando um difusor é posicionado acima da linha do olfato, o óleo essencial fica fora do alcance olfativo, fazendo com que se perca a sua maior parte. Portanto, os difusores de óleos essenciais devem ser mantidos o mais próximo possível do solo para se obter o melhor resultado.
A difusão aérea tem como finalidade atingir o olfato ou o sistema respiratório para transmitir as propriedades dos óleos essenciais em benefício de tratamentos de ordem física e emocional.
Ao se decidir pela difusão aérea para cuidar de problemas físicos, devem-se buscar os óleos essenciais apropriados ao tratamento. Os princípios ativos dos óleos essenciais conhecidos para problemas respiratórios, por exemplo, são os mucolíticos (1,8 cineol, presente no óleo essencial de eucalipto e em outros), os antissépticos e fungicidas como os fenóis (timol, presente no óleo essencial de tomilho, ou o eugenol, presente no óleo essencial de cravo), e os álcoois monoterpênicos (4‑terpineol, presente no óleo essencial de Melaleuca).
Os exemplos citados somente ilustram o mecanismo de atividade física na difusão aérea.
Os tratamentos para o corpo físico por meio dessa técnica vão muito além de oferecer benefícios mucolíticos e antissépticos, atuando eficazmente também no sistema digestivo, existindo muitos óleos essenciais com propriedades estomáquicas e carminativas, como manjericão, tomilho e alecrim, entre outros, com propriedades reguladoras do ciclo menstrual, como ylang‑ylang e sálvia esclarea, entre outros, e com propriedades tônicas, como menta, alecrim, gengibre, etc.
Em breve falaremos sobre o mecanismo emocional na técnica de difusão aérea. Até lá.
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